6 etapas para montar seu orçamento para 2021

Pra quem não sabe aonde se quer chegar, qualquer caminho serve, não é mesmo? Pois não é assim que se trabalha dentro de uma realidade empresarial. 

O Orçamento Empresarial é o ato de planejar e estimar receitas, despesas e investimentos. Então, basicamente, temos que projetar quanto vamos ganhar, gastar e as possíveis aquisições a serem feitas em um determinado período de tempo. Com essas previsões em mãos, torna-se possível estabelecer metas e objetivos em médio e longo prazo. Também é possível analisar e comparar resultados para entender se há medidas de correção que precisam ser adotadas.

Fazemos a seguinte analogia. Imagine se você quiser pegar o carro agora aqui e ir até os Estados Unidos. Essa viagem duraria um bom tempo, concorda? Certamente vai passar por inúmeros percalços até chegar lá, mas o mínimo que deve ser feito é utilizar um mapa ou ligar o navegador para que ele lhe mostre o caminho. Seguindo dentro da lógica da viagem, sabemos que a linguagem é diferente de um lugar para o outro, bem como as moedas e licenças para trafegar em cada país. Se preparar para esses eventos é primordial, certo? Logo, planejar essas ações para que tenhamos o máximo de previsibilidade, faz com que nossa probabilidade de sucesso aumente consideravelmente.

O orçamento é exatamente isso! Projeta-se as vendas, os custos de produção, mão de obra, despesas operacionais e os investimentos que pretendemos fazer dentro daquele período. Após essa projeção, a gente coloca esses dados no nosso Demonstrativo de Resultado de Exercício, Balanço ou Demonstrativo de Fluxo de Caixa, que são as três principais demonstrações financeiras que existem.

Por que fazer? 

Para responder algumas perguntas simples, tais como: Quanto eu vou vender nesse ano?  Como ficará minha margem de lucro? Onde serão investidos os recursos?  Existe alguma previsão de adquirir maquinário ou contratar mais pessoas? Qual o retorno que esperamos obter desses investimentos no período?

Apesar de não se conseguir responder essas perguntas imediatamente, a verdade é que precisaremos respondê-las no futuro. Com base nelas, também se torna possível analisar e comparar resultados para entender se há medidas de correção que precisam ser adotadas. A palavra de ordem aqui é prevenção e correção, para conseguir se antecipar ao mercado.

Como Fazer?

1 – Diagnóstico empresarial

É preciso ter compreensão da realidade da empresa, e isso só é possível se houver acesso a dados. Ter contato com TODAS as informações é a primeira coisa a se fazer. A partir disso, ocorre uma análise das Demonstrações Financeiras dos anos anteriores, e a geração dessas informações será a base de todo o trabalho. Então, é muito importante que elas sejam absolutamente fidedignas. 

2 – Mapeamento das despesas

É preciso conhecer as limitações financeiras da empresa, por isso a necessidade de se apropriar dos dados. E isso obviamente inclui os custos operacionais e humanos. Mapear as despesas fixas, como telefone, internet, salários, tributos, entre outros, e listar despesas variáveis, como transporte, impressões e manutenção de eletrônicos, faz parte do processo.

3 – Projeção de investimentos

Projetar investimentos nada mais é do que saber aonde será investido e a fonte desse recurso. Mensuram-se os riscos de investimento, a liquidez e a rentabilidade. 

4 – Mensuração da receita

É necessário projetar o quanto a empresa vai crescer, ou não, no período estimado.

5 – Definição de metas e objetivos da empresa

Quais as possibilidades da empresa? Esse é um grande momento de reflexão. Respondem-se perguntas como: Onde queremos estar? Quanto de custos eu consigo evitar? Quais investimentos é preciso fazer?

6 – Mensuração dos resultados

Com o orçamento finalizado, chega o momento de determinar quais indicadores serão utilizados para iniciar o processo de acompanhamento do plano, e assim efetuar as correções com o intuito de preservar a saúde financeira da empresa.

Conclusão
Definido o orçamento, inicia-se o processo de gestão orçamentária da empresa. Lembrando que, durante o ano de 2020, quem projetou um cenário pessimista teve um pouco mais de resiliência para encarar a crise na comparação com aqueles que não fizeram o dever de casa ou sequer tinham um trabalho de gestão orçamentária.